terça-feira, 5 de abril de 2011

Doenças auto-imunes

LUPUS ERITEMATOSO SISTÉMICO

O LES é uma doença auto-imune, em que o sistema imunitário perde a sua capacidade de distinguir entre um corpo estranho e os tecidos e células da própria pessoa. O sistema imunitário erra e produz auto-anticorpos que identificam as células normais da pessoa como corpos estranhos, eliminando-as de seguida.

Pode afectar vários órgãos do corpo, em especial a pele, as articulações, o sangue e os rins.

Existem dois tipos de Lúpus: o benigno e o maligno.
O Benigno é quando não há lesão renal nem cerebral, e é somente caracterizado por sintomas facilmente controláveis com medicação.
O Maligno é quando o paciente já manifesta lesão renal ou cerebral ou, ainda pior, as duas ao mesmo tempo.
O LES não é contagioso, não podendo passar de uma pessoa para outra como se fosse uma infecção.

Causas

Lúpus eritematososistémico  tem como causa uma combinação de genética, ambiente, e possivelmente factores hormonais.

Sintomas

 Os sintomas comuns de lúpus são:
Dor e rigidez na articulação, com ou sem inchaço.
Dores musculares.
Febre sem causa conhecida.
Cansaço.
Rachaduras na pele.
Anemia.
Problemas de raciocínio e memória.
Problemas renais sem causa aparente.
Dor no peito ao respirar profundamente.
Sensibilidade à luz.
Perda de cabelo.
 
 
E os sintomas menos comuns incluem:
Coágulo sanguíneo.
Dedos pálidos ou roxos de frio ou stresse.
Tonturas.
Feridas na boca ou nariz.
Dor de cabeça forte.
Alucinações.
Tristeza.
Derrame.
 
Diagnóstico
    O diagnóstico do lúpus pode ser difícil. Pode-se levar meses, ou até anos, para que os médicos reúnam os sintomas para diagnosticar essa doença complexa com precisão. Um só teste não pode determinar se a pessoa tem lúpus, mas vários testes laboratoriais podem ajudar no diagnóstico. O médico pode pedir biópsia da pele ou dos rins caso esses órgãos estejam afectados. 
 
Tratamento
Não há uma cura conhecida para esta doença, porém existem tratamentos.
O tratamento irá depender dos sintomas e das necessidades que o paciente possui.
O plano de tratamento para lúpus é elaborado baseado na idade do paciente, sexo, saúde, sintomas e estilo de vida.
 
Gravidez
Embora a gravidez da mulher com lúpus eritematoso sistémico seja considerada de alto risco, na maioria dos casos o bebé consegue nascer saudável.
Mulheres com lúpus têm maior taxa de aborto espontâneo e parto prematuro.
O ideal é que a mulher não tenha nenhum sinal ou sintoma de lúpus e não esteja a tomar medicação por pelo menos 6 meses antes de ficar grávida.
 
 

1.3 Desequilíbrios e Doenças

ALERGIAS

A alergia é uma reacção de hipersensibilidade iniciada por mecanismos imunológicos contra alergénios (ácaros, polénes...), causando, assim, uma doença alérgica, sendo exemplos a asma, a rinite/conjuntivite alérgica, a alergia cutânea, ou as alergias alimentares e medicamentosas.
Os doentes com tendência genética para produzir anticorpos contra alergénios comuns do ambiente são chamados atópicos, condição que representa um grande risco para se iniciar a doença alérgica, podendo esta condição ser confirmada pela relização dos testes cutâneos na pele ou pela análise destes anticorpos no sangue.


Doenças alérgicas

As doenças alérgicas têm um forte impacto na qualidade de vida, e implicam custos muito elevados. 
A asma e a rinite alérgica são das doenças crónicas mais frequentes na população, e muitas vezes estão associadas entre si.
Na asma alérgica existe uma inflamação da mucosa dos brônquios, conduzindo a obstrução e hiperreactividade das vias aéreas a diversos estímulos, originando os sintomas típicos: tosse, sensação de aperto no peito, "chiadeira" ou "pieira", dificuladade respiratória. Na rinite alérgica existe uma inflamação da mucosa nasal e os sintomas típicos são caracterizados por salvas de espirros, obstrução, corrimento aquoso, comichão nasal. A conjuntivite alérgica está frequentemente associada, e é caracterizada por olhos vermelhos, lacrimejo e comichão ocular.
A alergia respiratória pode ser agravada ou as crises desencadeadas por estímulos específicos (alergénios domésticos ou do ambiente exterior) ou inespecíficos (fumo de tabaco...). O diagnóstico é baseado principalmente na história clínica, mas os testes cutâneos de alergia devem ser realizados quando existe suspeita de sensibilização; na asma, as provas de função respiratória, muito poucas vezes realizadas, permitem avaliar o grau de obstrução dos brônquios e assim a gravidade da doença.


Tratamento

O tratamento com medicamentos depende das características e da gravidade da doença. Na asma, os medicamentos preventivos (anti-inflamatórios) tratam a inflamação das vias aéreas. Os corticosteróides por via inalatória são de primeira linha e apresentam uma grande segurança nas doses apropriadas. Existem também medicamentos em comprimidos (anti-leucotrienos) que podem ser igualmente indicados. Os medicamentos de alívio (broncodilatadores) controlam a obstrução das vias aéreas nas crises e devem ser idealmente usados por via inalatória. Na rinite alérgica oa corticosteróides em spray nasal permitem o tratamento da inflamação e o controlo de todos os sintomas; os anti-histamínicos orais não sedativos controlam bem a comichão e o corrimento nasal. As vacinas anti-alérgicas poderão ser recomendadas no tratamento da asma e/ou da rinite alérgica, e sempre prescritas por especialistas em doenças alérgicas. O tabagismo deve ser evitado.


Prevenção e controlo

As medidas de evicção dos alergénios identificados são prioritárias no controlo dos sintomas. O pó doméstico é a fonte mais importante de alergénios domésticos, presentes durante todo o ano e causadores de sintomas persistentes.
Os ácaros são os alergénios que mais frequentemente causam doença alérgica. São aracnídeos presentes nas nossas habitações, necessitam de humidade e de temperaturas elevadas para sobreviver e o seu alimento preferencial são as partículas resultantes da descamação humana.
Os animais de companhiam podem ser causa importante de alergia e os seus alergénios podem ser encontrados nos pêlos e em detritos de pele, na urina e na saliva.
Os fungos, tal como os ácaros, estão presentes em todas as habitações e necessitam das mesmas condições de humidade e de temperatura ambiente.
As baratas são alergénios também importantes.
As medidas de evicção incluem o controlo da temperatura e da humidade do ambiente doméstico, aspiração frequente do colchão usando aspiradores com filtro de alta eficiência, preferir roupa de cama de fibras sintéticas permitindo a lavagem a mais de 60º, coberturas para o colchão e a almofada, mobilário e decoração simples, evitar os animais de companhia dentro das habitações.
Os polénes e os fungos são os alergénios do ambiente exterior mais importantes, e podem estar associados a sintomas ocorrendo em determinadas épocas do ano.
A concentração polínica depende do ciclo de polinização específico para cada espécie, das condições geográficas e atmosféricas em cada ano. Em Portugal, os que estão mais frequentemente implicados são os pólenes de gramíneas (fenos), ervas, árvores, (oliveira é o mais frequente). As medidas de evicção incluem conhecer os boletins de polinização, evitar áreas de alevada polinização, minimizar a actividade em ambiente exterior, viajar com as janelas fechadas e usar óculos de sol.

Todo este texto faz parte de um artigo da revista "Saúde Activa" de Março de 2011  

domingo, 3 de abril de 2011

Defesa Específica

As principais células que intervêm na defesa específica do organismo são os linfócitos B e os linfócitos T.
Durante a maturação dos linfócitos B e T, estes adquirem receptores superficiais para numerosos e variados antigénios, passando a reconhecê-los e tornando-se células imunocompetentes.
O conjunto de linfócitos com receptores para um determinado antigénio constitui um clone.

Imunidade Humoral / Imunidade Celular

Uma capacidade importante do sistema imunitário é a capacidade de "memória".

As respostas imunitárias específicas agrupam-se em dois conjuntos principais: imunidade mediada por anticorpos ou imunidade humoral e imunidade mediada por células ou imunidade celular.


Imunidade Humoral

Os efectores da imunidade humoral são os linfócitos B.
Todos os linfócitos que possuem o mesmo tipo de receptores provêm da multiplicação de uma mesma célula e constituem um clone, sendo capazes de reconhecer o mesmo antigénio.
Existe uma grande diversidade de linfócitos B com diferentes receptores, permitindo reconhecer um número incalculável de antigénios.



Na imunidade humoral ocorrem diferentes fases:
  • Selecção clonal - quando o antigénio entra no organismo, ao encontrar linfócitos B, estimula uma pequena fracção desses linfócitos, aqueles que possuem na membrana receptores, determinados geneticamente, para esses antigénios específicos.
  • Proliferação clonal dos linfócitos activados - estes linfócitos experimentam uma rápida divisão, formando muitas células B todas idênticas geneticamente, que possuem os mesmos receptores e pertencem ao mesmo clone.
  • Diferenciação dos linfócitos B - uma parte das células do clone diferencia-se e plasmócitos, que são células secretoras de anticorpos.

Reacção Antigénio-Anticorpo



Os anticorpos são proteínas específicas que circulam livremente no plasma sanguíneo, podendo também existir em certas secreções ou estar integradas como receptores nas membranas dos linfócitos B.
Cada anticorpo é capaz de se combinar quimicamente com o antigénio que estimulou a produção desse anticorpo.
A especificidade está relacionada com as estruturas químicas do antigénio e do anticorpo.


Mecanismo de acção



Imunidade Celular

Os linfócitos T dividem-se em:
 - Linfócitos T auxiliares
 - Linfócitos T citotóxicos
 - Linfócitos T supressores

Cada um deles possui receptores característicos, identificáveis por técnicas imunológicas e apresentam funções específicas.



Linfócitos T auxiliares

Esta célula é a que interage com os macrófagos, reconhecendo o epítopo que lhe é apresentado.
São o principal alvo do HIV.


Linfócitos T citotóxicos

Células infectadas por vírus, bactérias, células cancerosas, transplantes, enxertos, etc.


Linfócitos T supressores

Participam na tolerância imunológica - mecanismo utilizado para impedir que os leucócitos ataquem as próprias células do organismo.

3. Sistema Imunitário

O sistema imunitário constitui a nossa primeira linha de
defesa contra invasores maliciosos. Estes invasores, vírus,
bactérias e leveduras, podem ser moderadamente agressivos, tais como os responsáveis pela frequente constipação, até aos mais perigosos como HIV, meningite ou tuberculose.

A resposta imunitária pode ser não específica ou específica.

É não específica quando há uma protecção geral contra muitos organismos patogénicos.
É específica quando há uma protecção contra um determinado organismo patogénico.

De que forma o organismo humano distingue as suas células dos organismos invasores?
Todas as células apresentam macromoléculas na sua superfície externa - antigenes (que são diferentes entre os organismos).
O organismo humano produz anticorpos que são específicos para os antigenes dos organismos patogénicos.

Defesas não específicas
  • Barreiras Mecânicas
  • Fagocitose
  • Resposta Inflamatória
  • Interferões
  • Sistema Complemento

Barreiras Mecânicas

As barreiras mecânicas e os agentes locais defendem o corpo contra os invasores.


Fagocitose






Resposta Inflamatória









sábado, 2 de abril de 2011

Síndrome de Alstrom

A síndrome de Alstrom é uma doença hereditária rara, que foi descrita pela primeira vez em 1959, por Carl Henry Alstrom e Bertil  Hallgren.
O gene responsável por esta patologia é recessivo, já que os pais portadores do mesmo não manifestam os sintomas da doença.  

A razão pela qual esta síndrome é tão pouco frequente deve-se ao facto de que ambos os pais têm de ser portadores do gene, para que o filho manifeste a doença. A conjugação das duas cópias desse gene irá fazer desencadear a síndrome de Alstrom.

A causa da doença é   uma mutação no gene   ALMS1 situado no   cromossoma 2   humano.

Sintomas / Diagnóstico

O primeiro efeito que normalmente se faz notar é o que se denominanystagmus” (movimento muito rápido e involuntário dos olhos) assim como a sensibilidade à luz, que começa na infância e posteriormente evolui para a retinopatia e cegueira.

Desde a mais tenra idade é comum o desenvolvimento da obesidade, diabetes e a presença de elevados níveis de colesterol, lípidos e insulina no sangue.

Ainda associados, são muitas vezes conhecidos problemas auditivos que são mais frequentes a partir dos 8 anos de idade podendo acentuar-se até aos 22.
Outras manifestações podem incluir manchas na pele, curvatura da coluna vertebral, pouca estatura, hipotiroidismo e hipotestosteronismo nos rapazes. A insuficiência renal pode ocorrer entre os vinte e quarenta anos de idade.
Não existe uma prova específica para precisar o diagnóstico, pelo que este se baseia na descrição dos sintomas característicos.
 

Tratamento

Por tratar-se de um processo que afecta vários órgãos, esta doença implica diferentes especialistas que devem trabalhar de forma coordenada, entre os que se inclui o pediatra, o médico de família, oftalmologistas, endocrinologistas, otorrinolaringologistas, assistentes sociais, etc.

2.1 Mutações

1.3 Organização e Regulação do Material Genético

As informações hereditárias são transmitidas ao longo das gerações.

Gene - cada segmento de DNA que contém informação.

Genoma - conjunto dos genes que existe num indivíduo. O genoma constitui a totalidade da informação genética presente num indivíduo.

Cariótipo - conjunto dos cromossomas.

Cromossomas - estruturas presentes no núcleo das células, que contêm genes.

Procariontes - apresentam só uma molécula de DNA.

Eucariontes - apresentam várias moléculas de DNA associadas a histonas (proteínas).


Quando uma célula se divide, cada célula-filha recebe uma cópia de cada um dos seus cromossomas, para que fique com toda a informação genética que a célula-mãe possuía. 
O processo que permite que um núcleo se divida chama-se mitose


CÉLULAS --> TECIDOS --> ÓRGÃOS --> SISTEMA DE ÓRGÃOS --> ORGANISMO


Determinação Genética do Sexo

A determinação do sexo dos indivíduos é descoberta pelo tipo ou número de cromossomas que estes possuem.

Os indivíduos do sexo masculino, possuem um cromossoma X e um cromossoma Y; os indivíduos do sexo feminino possuem dois cromossomas X.

Embora os cromosomas X e Y sejam diferentes, em termos de composição e estrutura, durante a meiose, o cromossoma X e o Y actuam como se fossem homólogos.
Cada gâmeta masculino transporta 22 cromossomas e um autossoma, com igual probabilidade de ser X ou Y.

O sexo de um novo ser humano é determinado pelo espermatozóide. Se este transportar um X, o indivíduo será feminino, se transportar um Y, será masculino.

O cromossoma Y tem um papel decisivo na determinação do sexo.
Foi identificada uma região do cromossoma Y - SRY - que determina a masculinidade.
Até às 6 semanas de gestação, não se manifestam diferenças sexuais nos embriões.
A partir das 6 semanas um gene na região SRY é activado nos rapazes e inicia-se a produção de hormonas sexuais que vão actuar no sentido de estimularem a diferenciação dos órgãos sexuais.


Expressão Génica

Todas as células de um organismo possuem a mesma informação genética, pois resultaram da multiplicação de uma mesma célula inicial - o ovo.

A razão porque as células se tornam diferentes do ponto de vista estrutural e molecular reside no facto de as células sofrerem um processo de diferenciação, o qual resulta da regulação da expressão dos seus genes.

Em cada célula apenas uma parte do seu genoma está a ser expresso, determinando as suas características.


Regulação Génica em bactérias - metabolismo da lactose na bactéria E. Coli
  • Se no meio existir glicose, a bactéria utiliza este monossacarídeo como fonte de energia.
  • Se a concentração de glicose no meio for muito reduzida ou mesmo nula, a E. Coli pode utilizar a lactose como fonte alternativa de energia.
A lactose é um dissacarídeo formado por glicose e galactose. Para que E. Coli possa utilizar a lactose como fonte de energia, é necessário que a bactéria sintetize 3 enzimas: B-galactosidade, galactose permease, galactose transacetilase.

Operão - conjunto dos genes estruturais com funções relacionadas e dos genes que os controlam.


OPERÃO LAC

Operão envolvido nos processos de matabolismo da lactose.

Operão da lactose:
  • lac Z, lac Y, lac A (genes estruturais)
  • Promotor (região onde a RNA polimerase se liga)
  • Operador (controla o acesso desta enzima aos genes estruturais)
Quando não existe lactose no meio, um repressor está ligado ao operador, bloqueando a transcrição dos genes estruturais. Esta proteína repressora é codificada por um gene que se situa fora do operão - gene repressor ou regulador.

Resumindo:
 - lactose ausente
 - repressor activo
 - operão bloqueado

Quando existe lactose no meio, esta molécula liga-se ao repressor, altera a sua conformação de tal forma que este se torna inactivo, desligando-se do operador. Assim, o operador fica livre, permitindo que os genes estruturais sejam transcritos e, posteriormente, traduzidos, formando-se as enzimas necessárias ao metabolismo da lactose.

Resumindo:
 - lactose presente
 - repressor inactivo
 - operão funcional

A lactose funciona como um indutor, pois a sua presença permite activar o operão --> Operão Indutível


OPERÃO TRIPTOFANO (TRP)

Triptofano Ausente:
  • Quando a concentração intracelular de triptofano está baixa, as enzimas necessárias à sua síntese são produzidas por transcrição dos genes estruturais, conduzindo a um aumento da concentração do aminoácido.
  • Existe uma molécula repressora codificada por um gene distante, mas neste caso, é produzido sob a forma inactiva, não se podendo ligar ao operador, bloqueando assim o operão.
Resumindo:
 - triptofano ausente
 - repressor inactivo
 - operão funcional

Triptofano Presente:
  • Quando a concentração de triptofano atinge valores muito elevados, algumas moléculas do aminoácido ligam-se ao repressor, alterando a sua conformação e tornando-o activo.
  • O repressor liga-se ao operador, bloqueando a transcrição dos genes estruturais do operão. 
Resumindo:
 - triptofano presente
 - repressoa activo
 - operão bloqueado

REGULÃO

Existem situações em que um grupo de operões é controlado por um único tipo de regulador. Esse grupo de operões toma a designação de regulão.


Regulação em Eucariontes

Nos eucariontes os genes não estão normalmente associados em operões, no entanto as células eucarióticas possuem outros mecanismos de regulação, que asseguram que determinados genes sejam activados num certo momento e desactivados noutro.

A expressão génica nos eucariontes apresenta um carácter de controle a longo prazo, o que assegura os fenómenos de diferenciação celular.


Material Genético Extra-nuclear

Procariontes - o material genético encontra-se no citoplasma.
Eucarintes - o material genético encontra-se no núcleo da célula, sob a forma de cromossomas.

De facto, existem pequenas porções circulares de DNA nas mitocôndrias e nos cloroplastos.

Um dos argumentos a favor da teoria endossimbiótica radica no facto de tanto as mitocôndrias como os cloroplastos serem organelos semi-autónomos capazes de se reproduzirem por si e transmitirem os seus genes aos organelos-filhos.

Correns verificou que a coloração das folhas era determinada apenas pelo progenitor feminino, sem qualquer influência do progenitor masculino.

Na maioria das plantas, o zigoto recebe todos os seus plastídeos do citoplasma do gâmeta feminino.

Nos mamíferos, incluindo no Homem, também se verifica que existem genes que apenas são transmitidos por um dos progenitores.

À semelhança do que acontecia com as plantas estudadas por Correns, o material genético contido nas mitocôndrias é transmitido à descendência apenas pelas mães. dado que o espermatozóide não contribui com as suas mitocôndrias para a formação do zigoto.