segunda-feira, 6 de junho de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Fermentação
Processo anaeróbio, realizado por certas espécies de bactérias e leveduras, durante o qual moléculas orgânicas são utilizadas na produção de ATP.
Etapas da fermentação
Os processos fermentativos envolvem conjuntos de reacções enzimáticas que ocorrem no hialoplasma:
glicólise - ocorre a degradação da glicose em ácido pirúvico;
reducão do ácido pirúvico - conduz à formação dos produtos de fermentação.
Glicólise
A glicose é oxidada e formam-se duas moléculas de ácido pirúvico. O agente oxidante é o NAD+ que é transformado em NADH.
O saldo energético é de duas moléculas de ATP.
Redução do ácido pirúvico
O ácido pirúvico, ou moléculas orgânicas que se formam a partir dele, são aceptoras dos electrões do NADH, o que permite regenerar o NAD+.
O NAD+ pode, assim, voltar a ser utilizado na oxidação da glicose com formação de 2 ATP.
Os produtos finais da fermentação dependem da molécula orgânica que é produzida a partir do ácido pirúvico.
Fermentação alcoólica
É realizada por leveduras.
O ácido pirúvico é convertido em etanol e CO2 em duas etapas:
- o ácido pirúvico é descarboxilado e forma-se acetaldeído;
- o acetaldeído é reduzido pelo NADH a etanol.
Fermentação acética
Assim designada devido às características do produto obtido.
Não é uma fermentação mas uma oxidação do etanol e ácido acético.
Fermentação láctica
O ácido pirúvico é directamente reduzido a ácido láctico pelo NADH.
Na fermentação homoláctica são produzidas grandes quantidades de ácido láctico.
A fermentação heteroláctica leva à produção de outras substâncias, para além do ácido láctico, como CO2, etanol e ácido acético.
Fermentações e alimentos
A fermentação alcoólica, a fermentação láctica e a fermentação acética são utilizadas na produção de alimentos.
Os microrganismos que as realizam podem estar presentes em quantidade suficiente na matéria-prima ou podem ser adicionados.
São influenciados pelas condições ambientais, como temperatura, pH e composição atmosférica.
Processo anaeróbio, realizado por certas espécies de bactérias e leveduras, durante o qual moléculas orgânicas são utilizadas na produção de ATP.
Etapas da fermentação
Os processos fermentativos envolvem conjuntos de reacções enzimáticas que ocorrem no hialoplasma:
glicólise - ocorre a degradação da glicose em ácido pirúvico;
reducão do ácido pirúvico - conduz à formação dos produtos de fermentação.
Glicólise
A glicose é oxidada e formam-se duas moléculas de ácido pirúvico. O agente oxidante é o NAD+ que é transformado em NADH.
O saldo energético é de duas moléculas de ATP.
Redução do ácido pirúvico
O ácido pirúvico, ou moléculas orgânicas que se formam a partir dele, são aceptoras dos electrões do NADH, o que permite regenerar o NAD+.
O NAD+ pode, assim, voltar a ser utilizado na oxidação da glicose com formação de 2 ATP.
Os produtos finais da fermentação dependem da molécula orgânica que é produzida a partir do ácido pirúvico.
Fermentação alcoólica
É realizada por leveduras.
O ácido pirúvico é convertido em etanol e CO2 em duas etapas:
- o ácido pirúvico é descarboxilado e forma-se acetaldeído;
- o acetaldeído é reduzido pelo NADH a etanol.
Fermentação acética
Assim designada devido às características do produto obtido.
Não é uma fermentação mas uma oxidação do etanol e ácido acético.
Fermentação láctica
O ácido pirúvico é directamente reduzido a ácido láctico pelo NADH.
Na fermentação homoláctica são produzidas grandes quantidades de ácido láctico.
A fermentação heteroláctica leva à produção de outras substâncias, para além do ácido láctico, como CO2, etanol e ácido acético.
Fermentações e alimentos
A fermentação alcoólica, a fermentação láctica e a fermentação acética são utilizadas na produção de alimentos.
Os microrganismos que as realizam podem estar presentes em quantidade suficiente na matéria-prima ou podem ser adicionados.
São influenciados pelas condições ambientais, como temperatura, pH e composição atmosférica.
Controlo de vias metabólicas
Cada célula possui um elevado número de enzimas que catalisam, em cada momento, um elevado número de reacções químicas. Geralmente, estas reacções não ocorrem de uma forma isolada, mas sim de forma sequencial, isto é, o produto de uma reacção é utilizado como substrato de uma reacção seguinte, e assim sucessivamente, até se obter o produto final. Uma cadeia de reacções deste tipo, catalisada por uma cadeia enzimática, constitui uma via metabólica.
Frequentemente, as vias metabólicas são reguladas por substâncias que se ligam à enzima, modificando a sua conformação. Essas substâncias modificam a conformação da enzima ao ligarem-se a uma região específica diferente do centro activo, designada centro alostérico. A modificação conformacional pode conduzir à inibição ou à estimulação da actividade da enzima.
Quando o produto de uma via metabólica começa a atingir concentrações elevadas, estas moléculas ligam-se ao centro alostérico da primeira enzima da cadeia, bloqueando toda a sequência de reacções. Este mecanismo de inibição, por retrocontrolo ou feedback, contribui para a economia da célula ao permitir evitar o desperdício de recursos que estariam a ser utilizados para produzir substâncias em quantidades excedentes.
Quando a concentração do produto resultante dessa via metabólica começa a diminuir, as moléculas desta substância, que estavam ligadas à primeira enzima da cadeia metabólica, libertamse do centro alostérico, permitindo que a enzima se tome de novo activa e, assim, se reinicie a actividade catalítica, começando a aumentar a concentração de produto final.
Cada célula possui um elevado número de enzimas que catalisam, em cada momento, um elevado número de reacções químicas. Geralmente, estas reacções não ocorrem de uma forma isolada, mas sim de forma sequencial, isto é, o produto de uma reacção é utilizado como substrato de uma reacção seguinte, e assim sucessivamente, até se obter o produto final. Uma cadeia de reacções deste tipo, catalisada por uma cadeia enzimática, constitui uma via metabólica.
Frequentemente, as vias metabólicas são reguladas por substâncias que se ligam à enzima, modificando a sua conformação. Essas substâncias modificam a conformação da enzima ao ligarem-se a uma região específica diferente do centro activo, designada centro alostérico. A modificação conformacional pode conduzir à inibição ou à estimulação da actividade da enzima.
Diversas vias metabólicas são controladas através da inibição reversível efectuada por substâncias que são produtos dessa mesma via metabólica e que funcionam como inibidores não competitivos.
Quando o produto de uma via metabólica começa a atingir concentrações elevadas, estas moléculas ligam-se ao centro alostérico da primeira enzima da cadeia, bloqueando toda a sequência de reacções. Este mecanismo de inibição, por retrocontrolo ou feedback, contribui para a economia da célula ao permitir evitar o desperdício de recursos que estariam a ser utilizados para produzir substâncias em quantidades excedentes.
Quando a concentração do produto resultante dessa via metabólica começa a diminuir, as moléculas desta substância, que estavam ligadas à primeira enzima da cadeia metabólica, libertamse do centro alostérico, permitindo que a enzima se tome de novo activa e, assim, se reinicie a actividade catalítica, começando a aumentar a concentração de produto final.
Inibição enzimática
Os inibidores enzimáticos são compostos que podem diminuir a actividade de uma enzima.
A inibição enzimática pode ser reversível ou irreversível.
Inibição enzimática reversível: os inibidores ligam-se temporariamente à enzima e, após uma dissociação, a enzima permanece funcional.
Inibição enzimática irreversível: acontece quando os inibidores se combinam com a enzima de forma permanente, inactivando-a ou destruindo-a.
Existem 2 tipos de inibição enzimática reversível:
- Inibição Enzimática Reversível Competitiva:
Os inibidores enzimáticos são compostos que podem diminuir a actividade de uma enzima.
A inibição enzimática pode ser reversível ou irreversível.
Inibição enzimática reversível: os inibidores ligam-se temporariamente à enzima e, após uma dissociação, a enzima permanece funcional.
Inibição enzimática irreversível: acontece quando os inibidores se combinam com a enzima de forma permanente, inactivando-a ou destruindo-a.
Existem 2 tipos de inibição enzimática reversível:
- Inibição Enzimática Reversível Competitiva:
- o inibidor se liga reversivelmente ao mesmo sítio de ligação do substrato;
- o efeito é revertido aumentando-se a concentração de substrato;
- este tipo de inibição depende das concentrações de substrato e de inibidor.
- quando o inibidor se liga reversivelmente à enzima num sítio próprio de ligação, podendo estar ligado à mesma ao mesmo tempo que o substrato;
- este tipo de inibição depende apenas da concentração do inibidor.
Factores que afectam a actividade enzimática
As enzimas quando sujeitas a baixas temperaturas ficam inactivas, devido à falta de energia de activação para provocar o choque entre as moléculas enzimáticas e as moléculas do substrato.
- Temperatura
As enzimas quando sujeitas a baixas temperaturas ficam inactivas, devido à falta de energia de activação para provocar o choque entre as moléculas enzimáticas e as moléculas do substrato.
No entanto, com o aumento gradual da temperatura verifica-se também o aumento da actividade enzimática até se atingir um máximo - temperatura óptima.
A partir desse valor verifica-se uma diminuição da actividade até atingir um valor em que a enzima deixa de actuar devido à desnaturação da proteína que a
constitui.
A temperatura óptima de cada enzima situa-se geralmente próximo da temperatura normal das células do
organismo onde actuam.
No Homem as enzimas, em geral, têm uma temperatura de actuação entre os 35 °C e os 40 °C.- pH
O pH do meio onde se encontra a enzima é um factor condicionante da actividade enzimática. Geralmente as enzimas têm um pH óptimo de actuação, para o qual a sua actividade é máxima.
Por exemplo, o pH óptimo para a pepsina actuar ronda valores de pH igual a 2 (pH ácido), enquanto que a amilase salivar necessita de um meio cujo pHseja neutro - pH igual a 7.
- Concentração de enzima e de substrato
A velocidade catalítica de uma reacção enzimática é condicionada tanto pela concentração da enzima como pela do substrato.
À medida que se aumenta a concentração da enzima, formar-se-á mais produto final, até um certo limite. Assim, pode afirmar-se que a velocidade de uma reacção enzimática é directamente proporcional à concentração da enzima, desde que haja excesso de substrato durante a reacção.
Se aumentarmos a concentração do substrato mantendo a da enzima, aumenta a actividade enzimática, até um certo ponto em que se verifica a saturação enzimática. Quando a concentração do substrato é baixa, a maior parte das moléculas estão livres. Quando a concentração do substrato é muito alta, a enzima torna-se saturada.
sábado, 14 de maio de 2011
4. Produção de Alimentos e Sustentabilidade
1. Microrganismos e indústria alimentar
Qual é a importância dos microrganismos na indústria alimentar?
Os microrganismos são essenciais na produção de alimentos. Por exemplo: queijo, iogurtes, vinho, vinagre, cerveja...
1.1. Fermentação e Actividade Enzimática
Enzimas
Algumas enzimas, para serem activas, além da parte proteica designada por apoenzima, podem possuir partes não proteicas, os cofactores. Neste caso, as enzimas designam-se por holoenzimas.
As enzimas são catalisadores biológicos extremamete eficientes, que aceleram a velocidade da reacção, transformando moléculas de substrato em produto de reacção.
Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas aceleram a velocidade de uma reacção, e actuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reacções.
As enzimas são, portanto, consideradas as unidades funcionais do metabolismo celular.
As enzimas permitem aumentar a velocidade de reacção, sendo essenciais no metabolismo de todos os seres vivos; e diminuem a energia de activação das reacções.
Formação do Complexo Enzima-Substrato
As enzimas são proteínas globulares de grandes dimensões relativamente às moléculas do substrato. Este facto permite admitir que apenas uma pequena zona da enzima estará envolvida no processo catalítico. De facto, só um pequeno número de aminoácidos da proteína enzimática está envolvido no processo catalítico. Este conjunto de aminoácidos constitui o local activo ou centro activo da enzima, sendo a esta região restrita que se liga o substrato.
Como se pode verificar, a enzima liga-se temporariamente ao substrato, formando o complexo enzima-substrato. Posteriormente, libertam-se os produtos da catálise enzimática, mantendo-se a enzima inalterada.
S - Substrato - ocorre uma diminuição da concentração dos substratos (reagentes), que são consumidos.
P - Produto - ocorre a produção de produtos a partir dos substratos.
ES - Enzima-Substrato - as enzimas formam um complexo com os substratos, que deixa de existir no final, quando a concentração de substratos é reduzida.
E - Enzima - a concentração da enzima livre diminui, mas retoma aos valores iniciais no final da reacção.
As enzimas catalisam as reacções químicas, aumentando a velocidade de conversão dos substratos em produtos, sem se consumirem no resto da reacção.
Especificidade da acção das enzimas
As enzimas diferem dos outros catalisadores em muitos aspectos, mas um dos mais importantes é a especificidade da acção catalítica, isto é, elas são altamente específicas para as substâncias cujas transformações catalisam os substratos.
Existem vários graus de especificidade das enzimas: especificidade absoluta, no caso da enzima actuar apenas sob um substrato; no entanto, se a enzima actuar sob um grupo de substâncias quimicamente semelhantes considera-se que apresenta especificidade relativa.
Modelo da Chave-Fechadura
Este modelo pressupõe que o substrato e o centro activo terão formas complementares, havendo portanto um encaixe perfeito, sendo por isso conhecido por modelo de complementaridade estrutural ou modelo de "chave-fechadura".
Qual é a importância dos microrganismos na indústria alimentar?
Os microrganismos são essenciais na produção de alimentos. Por exemplo: queijo, iogurtes, vinho, vinagre, cerveja...
1.1. Fermentação e Actividade Enzimática
Enzimas
Algumas enzimas, para serem activas, além da parte proteica designada por apoenzima, podem possuir partes não proteicas, os cofactores. Neste caso, as enzimas designam-se por holoenzimas.
As enzimas são catalisadores biológicos extremamete eficientes, que aceleram a velocidade da reacção, transformando moléculas de substrato em produto de reacção.
Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas aceleram a velocidade de uma reacção, e actuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reacções.
As enzimas são, portanto, consideradas as unidades funcionais do metabolismo celular.
As enzimas permitem aumentar a velocidade de reacção, sendo essenciais no metabolismo de todos os seres vivos; e diminuem a energia de activação das reacções.
Formação do Complexo Enzima-Substrato
As enzimas são proteínas globulares de grandes dimensões relativamente às moléculas do substrato. Este facto permite admitir que apenas uma pequena zona da enzima estará envolvida no processo catalítico. De facto, só um pequeno número de aminoácidos da proteína enzimática está envolvido no processo catalítico. Este conjunto de aminoácidos constitui o local activo ou centro activo da enzima, sendo a esta região restrita que se liga o substrato.
Como se pode verificar, a enzima liga-se temporariamente ao substrato, formando o complexo enzima-substrato. Posteriormente, libertam-se os produtos da catálise enzimática, mantendo-se a enzima inalterada.
S - Substrato - ocorre uma diminuição da concentração dos substratos (reagentes), que são consumidos.
P - Produto - ocorre a produção de produtos a partir dos substratos.
ES - Enzima-Substrato - as enzimas formam um complexo com os substratos, que deixa de existir no final, quando a concentração de substratos é reduzida.
E - Enzima - a concentração da enzima livre diminui, mas retoma aos valores iniciais no final da reacção.
As enzimas catalisam as reacções químicas, aumentando a velocidade de conversão dos substratos em produtos, sem se consumirem no resto da reacção.
Especificidade da acção das enzimas
As enzimas diferem dos outros catalisadores em muitos aspectos, mas um dos mais importantes é a especificidade da acção catalítica, isto é, elas são altamente específicas para as substâncias cujas transformações catalisam os substratos.
Existem vários graus de especificidade das enzimas: especificidade absoluta, no caso da enzima actuar apenas sob um substrato; no entanto, se a enzima actuar sob um grupo de substâncias quimicamente semelhantes considera-se que apresenta especificidade relativa.
Modelo da Chave-Fechadura
Este modelo pressupõe que o substrato e o centro activo terão formas complementares, havendo portanto um encaixe perfeito, sendo por isso conhecido por modelo de complementaridade estrutural ou modelo de "chave-fechadura".
"A Evolução de Darwin"
No dia 29 de Abril, eu e os meus colegas de Biologia fomos ver uma exposição "A Evolução de Darwin" na Casa Andresen, no Jardim botânico do Porto.
Nesta exposição tivemos a oportunidade de conhecer mais um pouco sobre a vida e a obra de Charles Darwin, incluindo a sua viagem à volta do mundo e os motivos que o levaram a até à teoria da evolução das espécies por selecção natural.
A exposição inclui também uma área com animais e plantas vivas, situada nas estufas do Jardim Botânico. Nesta parte da exposição, observamos um universo povoado por tatus, pombos, lagartos, entre muitas outras espécies que ilustram alguns dos processos evolutivos descritos por Darwin.
Aconselho todas as pessoas a visitarem a exposição, pois saem de lá muito mais ricas, e além de ficarem a saber mais sobre Charles Darwin, também têm oportunidade de ver algumas espécies.
Nesta exposição tivemos a oportunidade de conhecer mais um pouco sobre a vida e a obra de Charles Darwin, incluindo a sua viagem à volta do mundo e os motivos que o levaram a até à teoria da evolução das espécies por selecção natural.
A exposição inclui também uma área com animais e plantas vivas, situada nas estufas do Jardim Botânico. Nesta parte da exposição, observamos um universo povoado por tatus, pombos, lagartos, entre muitas outras espécies que ilustram alguns dos processos evolutivos descritos por Darwin.
Aconselho todas as pessoas a visitarem a exposição, pois saem de lá muito mais ricas, e além de ficarem a saber mais sobre Charles Darwin, também têm oportunidade de ver algumas espécies.
domingo, 1 de maio de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
Doenças auto-imunes
LUPUS ERITEMATOSO SISTÉMICO
O LES é uma doença auto-imune, em que o sistema imunitário perde a sua capacidade de distinguir entre um corpo estranho e os tecidos e células da própria pessoa. O sistema imunitário erra e produz auto-anticorpos que identificam as células normais da pessoa como corpos estranhos, eliminando-as de seguida.
Pode afectar vários órgãos do corpo, em especial a pele, as articulações, o sangue e os rins.
Existem dois tipos de Lúpus: o benigno e o maligno.
O Benigno é quando não há lesão renal nem cerebral, e é somente caracterizado por sintomas facilmente controláveis com medicação.
O Maligno é quando o paciente já manifesta lesão renal ou cerebral ou, ainda pior, as duas ao mesmo tempo.
O LES não é contagioso, não podendo passar de uma pessoa para outra como se fosse uma infecção.
Causas
Lúpus eritematososistémico tem como causa uma combinação de genética, ambiente, e possivelmente factores hormonais.
Sintomas
Os sintomas comuns de lúpus são:
•Dor e rigidez na articulação, com ou sem inchaço.
•Dores musculares.
•Febre sem causa conhecida.
•Cansaço.
•Rachaduras na pele.
•Anemia.
•Problemas de raciocínio e memória.
•Problemas renais sem causa aparente.
•Dor no peito ao respirar profundamente.
•Sensibilidade à luz.
•Perda de cabelo.
E os sintomas menos comuns incluem:
•Coágulo sanguíneo.
•Dedos pálidos ou roxos de frio ou stresse.
•Tonturas.
•Feridas na boca ou nariz.
•Dor de cabeça forte.
•Alucinações.
•Tristeza.
•Derrame.
Diagnóstico
O diagnóstico do lúpus pode ser difícil. Pode-se levar meses, ou até anos, para que os médicos reúnam os sintomas para diagnosticar essa doença complexa com precisão. Um só teste não pode determinar se a pessoa tem lúpus, mas vários testes laboratoriais podem ajudar no diagnóstico. O médico pode pedir biópsia da pele ou dos rins caso esses órgãos estejam afectados.
Tratamento
Não há uma cura conhecida para esta doença, porém existem tratamentos.
O tratamento irá depender dos sintomas e das necessidades que o paciente possui.
O plano de tratamento para lúpus é elaborado baseado na idade do paciente, sexo, saúde, sintomas e estilo de vida.
Gravidez
Embora a gravidez da mulher com lúpus eritematoso sistémico seja considerada de alto risco, na maioria dos casos o bebé consegue nascer saudável.
Mulheres com lúpus têm maior taxa de aborto espontâneo e parto prematuro.
O ideal é que a mulher não tenha nenhum sinal ou sintoma de lúpus e não esteja a tomar medicação por pelo menos 6 meses antes de ficar grávida.
1.3 Desequilíbrios e Doenças
ALERGIAS
A alergia é uma reacção de hipersensibilidade iniciada por mecanismos imunológicos contra alergénios (ácaros, polénes...), causando, assim, uma doença alérgica, sendo exemplos a asma, a rinite/conjuntivite alérgica, a alergia cutânea, ou as alergias alimentares e medicamentosas.
Os doentes com tendência genética para produzir anticorpos contra alergénios comuns do ambiente são chamados atópicos, condição que representa um grande risco para se iniciar a doença alérgica, podendo esta condição ser confirmada pela relização dos testes cutâneos na pele ou pela análise destes anticorpos no sangue.
Doenças alérgicas
As doenças alérgicas têm um forte impacto na qualidade de vida, e implicam custos muito elevados.
A asma e a rinite alérgica são das doenças crónicas mais frequentes na população, e muitas vezes estão associadas entre si.
Na asma alérgica existe uma inflamação da mucosa dos brônquios, conduzindo a obstrução e hiperreactividade das vias aéreas a diversos estímulos, originando os sintomas típicos: tosse, sensação de aperto no peito, "chiadeira" ou "pieira", dificuladade respiratória. Na rinite alérgica existe uma inflamação da mucosa nasal e os sintomas típicos são caracterizados por salvas de espirros, obstrução, corrimento aquoso, comichão nasal. A conjuntivite alérgica está frequentemente associada, e é caracterizada por olhos vermelhos, lacrimejo e comichão ocular.
A alergia respiratória pode ser agravada ou as crises desencadeadas por estímulos específicos (alergénios domésticos ou do ambiente exterior) ou inespecíficos (fumo de tabaco...). O diagnóstico é baseado principalmente na história clínica, mas os testes cutâneos de alergia devem ser realizados quando existe suspeita de sensibilização; na asma, as provas de função respiratória, muito poucas vezes realizadas, permitem avaliar o grau de obstrução dos brônquios e assim a gravidade da doença.
Tratamento
O tratamento com medicamentos depende das características e da gravidade da doença. Na asma, os medicamentos preventivos (anti-inflamatórios) tratam a inflamação das vias aéreas. Os corticosteróides por via inalatória são de primeira linha e apresentam uma grande segurança nas doses apropriadas. Existem também medicamentos em comprimidos (anti-leucotrienos) que podem ser igualmente indicados. Os medicamentos de alívio (broncodilatadores) controlam a obstrução das vias aéreas nas crises e devem ser idealmente usados por via inalatória. Na rinite alérgica oa corticosteróides em spray nasal permitem o tratamento da inflamação e o controlo de todos os sintomas; os anti-histamínicos orais não sedativos controlam bem a comichão e o corrimento nasal. As vacinas anti-alérgicas poderão ser recomendadas no tratamento da asma e/ou da rinite alérgica, e sempre prescritas por especialistas em doenças alérgicas. O tabagismo deve ser evitado.
Prevenção e controlo
As medidas de evicção dos alergénios identificados são prioritárias no controlo dos sintomas. O pó doméstico é a fonte mais importante de alergénios domésticos, presentes durante todo o ano e causadores de sintomas persistentes.
Os ácaros são os alergénios que mais frequentemente causam doença alérgica. São aracnídeos presentes nas nossas habitações, necessitam de humidade e de temperaturas elevadas para sobreviver e o seu alimento preferencial são as partículas resultantes da descamação humana.
Os animais de companhiam podem ser causa importante de alergia e os seus alergénios podem ser encontrados nos pêlos e em detritos de pele, na urina e na saliva.
Os fungos, tal como os ácaros, estão presentes em todas as habitações e necessitam das mesmas condições de humidade e de temperatura ambiente.
As baratas são alergénios também importantes.
As medidas de evicção incluem o controlo da temperatura e da humidade do ambiente doméstico, aspiração frequente do colchão usando aspiradores com filtro de alta eficiência, preferir roupa de cama de fibras sintéticas permitindo a lavagem a mais de 60º, coberturas para o colchão e a almofada, mobilário e decoração simples, evitar os animais de companhia dentro das habitações.
Os polénes e os fungos são os alergénios do ambiente exterior mais importantes, e podem estar associados a sintomas ocorrendo em determinadas épocas do ano.
A concentração polínica depende do ciclo de polinização específico para cada espécie, das condições geográficas e atmosféricas em cada ano. Em Portugal, os que estão mais frequentemente implicados são os pólenes de gramíneas (fenos), ervas, árvores, (oliveira é o mais frequente). As medidas de evicção incluem conhecer os boletins de polinização, evitar áreas de alevada polinização, minimizar a actividade em ambiente exterior, viajar com as janelas fechadas e usar óculos de sol.
Todo este texto faz parte de um artigo da revista "Saúde Activa" de Março de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
Defesa Específica
As principais células que intervêm na defesa específica do organismo são os linfócitos B e os linfócitos T.
Durante a maturação dos linfócitos B e T, estes adquirem receptores superficiais para numerosos e variados antigénios, passando a reconhecê-los e tornando-se células imunocompetentes.
O conjunto de linfócitos com receptores para um determinado antigénio constitui um clone.
Imunidade Humoral / Imunidade Celular
Uma capacidade importante do sistema imunitário é a capacidade de "memória".
As respostas imunitárias específicas agrupam-se em dois conjuntos principais: imunidade mediada por anticorpos ou imunidade humoral e imunidade mediada por células ou imunidade celular.
Imunidade Humoral
Os efectores da imunidade humoral são os linfócitos B.
Todos os linfócitos que possuem o mesmo tipo de receptores provêm da multiplicação de uma mesma célula e constituem um clone, sendo capazes de reconhecer o mesmo antigénio.
Existe uma grande diversidade de linfócitos B com diferentes receptores, permitindo reconhecer um número incalculável de antigénios.
Na imunidade humoral ocorrem diferentes fases:
Reacção Antigénio-Anticorpo
Os anticorpos são proteínas específicas que circulam livremente no plasma sanguíneo, podendo também existir em certas secreções ou estar integradas como receptores nas membranas dos linfócitos B.
Cada anticorpo é capaz de se combinar quimicamente com o antigénio que estimulou a produção desse anticorpo.
A especificidade está relacionada com as estruturas químicas do antigénio e do anticorpo.
Mecanismo de acção
Imunidade Celular
Os linfócitos T dividem-se em:
- Linfócitos T auxiliares
- Linfócitos T citotóxicos
- Linfócitos T supressores
Cada um deles possui receptores característicos, identificáveis por técnicas imunológicas e apresentam funções específicas.
Linfócitos T auxiliares
Esta célula é a que interage com os macrófagos, reconhecendo o epítopo que lhe é apresentado.
São o principal alvo do HIV.
Linfócitos T citotóxicos
Células infectadas por vírus, bactérias, células cancerosas, transplantes, enxertos, etc.
Linfócitos T supressores
Participam na tolerância imunológica - mecanismo utilizado para impedir que os leucócitos ataquem as próprias células do organismo.
As principais células que intervêm na defesa específica do organismo são os linfócitos B e os linfócitos T.
Durante a maturação dos linfócitos B e T, estes adquirem receptores superficiais para numerosos e variados antigénios, passando a reconhecê-los e tornando-se células imunocompetentes.
O conjunto de linfócitos com receptores para um determinado antigénio constitui um clone.
Imunidade Humoral / Imunidade Celular
Uma capacidade importante do sistema imunitário é a capacidade de "memória".
As respostas imunitárias específicas agrupam-se em dois conjuntos principais: imunidade mediada por anticorpos ou imunidade humoral e imunidade mediada por células ou imunidade celular.
Imunidade Humoral
Os efectores da imunidade humoral são os linfócitos B.
Todos os linfócitos que possuem o mesmo tipo de receptores provêm da multiplicação de uma mesma célula e constituem um clone, sendo capazes de reconhecer o mesmo antigénio.
Existe uma grande diversidade de linfócitos B com diferentes receptores, permitindo reconhecer um número incalculável de antigénios.
Na imunidade humoral ocorrem diferentes fases:
- Selecção clonal - quando o antigénio entra no organismo, ao encontrar linfócitos B, estimula uma pequena fracção desses linfócitos, aqueles que possuem na membrana receptores, determinados geneticamente, para esses antigénios específicos.
- Proliferação clonal dos linfócitos activados - estes linfócitos experimentam uma rápida divisão, formando muitas células B todas idênticas geneticamente, que possuem os mesmos receptores e pertencem ao mesmo clone.
- Diferenciação dos linfócitos B - uma parte das células do clone diferencia-se e plasmócitos, que são células secretoras de anticorpos.
Reacção Antigénio-Anticorpo
Os anticorpos são proteínas específicas que circulam livremente no plasma sanguíneo, podendo também existir em certas secreções ou estar integradas como receptores nas membranas dos linfócitos B.
Cada anticorpo é capaz de se combinar quimicamente com o antigénio que estimulou a produção desse anticorpo.
A especificidade está relacionada com as estruturas químicas do antigénio e do anticorpo.
Mecanismo de acção
Imunidade Celular
Os linfócitos T dividem-se em:
- Linfócitos T auxiliares
- Linfócitos T citotóxicos
- Linfócitos T supressores
Cada um deles possui receptores característicos, identificáveis por técnicas imunológicas e apresentam funções específicas.
Linfócitos T auxiliares
Esta célula é a que interage com os macrófagos, reconhecendo o epítopo que lhe é apresentado.
São o principal alvo do HIV.
Linfócitos T citotóxicos
Células infectadas por vírus, bactérias, células cancerosas, transplantes, enxertos, etc.
Linfócitos T supressores
Participam na tolerância imunológica - mecanismo utilizado para impedir que os leucócitos ataquem as próprias células do organismo.
3. Sistema Imunitário
O sistema imunitário constitui a nossa primeira linha de
defesa contra invasores maliciosos. Estes invasores, vírus,
bactérias e leveduras, podem ser moderadamente agressivos, tais como os responsáveis pela frequente constipação, até aos mais perigosos como HIV, meningite ou tuberculose.
A resposta imunitária pode ser não específica ou específica.
É não específica quando há uma protecção geral contra muitos organismos patogénicos.
É específica quando há uma protecção contra um determinado organismo patogénico.
De que forma o organismo humano distingue as suas células dos organismos invasores?
Todas as células apresentam macromoléculas na sua superfície externa - antigenes (que são diferentes entre os organismos).
O organismo humano produz anticorpos que são específicos para os antigenes dos organismos patogénicos.
Defesas não específicas
- Barreiras Mecânicas
- Fagocitose
- Resposta Inflamatória
- Interferões
- Sistema Complemento
Barreiras Mecânicas
As barreiras mecânicas e os agentes locais defendem o corpo contra os invasores.
Fagocitose
Resposta Inflamatória
sábado, 2 de abril de 2011
Síndrome de Alstrom
A síndrome de Alstrom é uma doença hereditária rara, que foi descrita pela primeira vez em 1959, por Carl Henry Alstrom e Bertil Hallgren.
O gene responsável por esta patologia é recessivo, já que os pais portadores do mesmo não manifestam os sintomas da doença. A razão pela qual esta síndrome é tão pouco frequente deve-se ao facto de que ambos os pais têm de ser portadores do gene, para que o filho manifeste a doença. A conjugação das duas cópias desse gene irá fazer desencadear a síndrome de Alstrom.
A causa da doença é uma mutação no gene ALMS1 situado no cromossoma 2 humano.
Sintomas / Diagnóstico
O primeiro efeito que normalmente se faz notar é o que se denomina “nystagmus” (movimento muito rápido e involuntário dos olhos) assim como a sensibilidade à luz, que começa na infância e posteriormente evolui para a retinopatia e cegueira.
Desde a mais tenra idade é comum o desenvolvimento da obesidade, diabetes e a presença de elevados níveis de colesterol, lípidos e insulina no sangue.
Ainda associados, são muitas vezes conhecidos problemas auditivos que são mais frequentes a partir dos 8 anos de idade podendo acentuar-se até aos 22.
Outras manifestações podem incluir manchas na pele, curvatura da coluna vertebral, pouca estatura, hipotiroidismo e hipotestosteronismo nos rapazes. A insuficiência renal pode ocorrer entre os vinte e quarenta anos de idade.
Não existe uma prova específica para precisar o diagnóstico, pelo que este se baseia na descrição dos sintomas característicos.
Tratamento
Por tratar-se de um processo que afecta vários órgãos, esta doença implica diferentes especialistas que devem trabalhar de forma coordenada, entre os que se inclui o pediatra, o médico de família, oftalmologistas, endocrinologistas, otorrinolaringologistas, assistentes sociais, etc.
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